
Você já se perguntou quando é hora de sair do MEI? Muitos microempreendedores enfrentam esse dilema ao perceber que o faturamento aumentou e o negócio está pronto para dar o próximo passo. Neste artigo, você vai entender como e quando deixar de ser MEI, quais são os cuidados necessários e o que realmente muda ao migrar para outras categorias como ME (Microempresa) ou EPP (Empresa de Pequeno Porte).
Acompanhe as orientações de especialistas e evite erros comuns que podem gerar passivos fiscais ou prejudicar o crescimento da sua empresa.
Quais são os limites do MEI?
O regime do Microempreendedor Individual é vantajoso para quem está começando: baixo imposto, menos burocracia e acesso facilitado à formalização. Mas há limitações importantes:
- Faturamento anual de até R$ 81 mil;
- Permissão para contratar apenas um funcionário;Restrição a uma lista limitada de atividades econômicas.
Segundo Nayara Urgal Teodorico, analista de negócios do Sebrae-SP, o segredo para crescer dentro do MEI é ter consciência e planejamento. “Ficar preso por medo é como tentar acelerar um carro com o freio de mão puxado”, afirmou em entrevista ao Diário do Comércio.
Quando é o momento certo para sair do MEI?
A resposta curta: quando o faturamento ultrapassa o teto anual de R$ 81 mil. No entanto, a decisão exige mais que olhar os números. Renan Luiz Silva, superintendente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), alerta que o crescimento deve ser sustentável. “Vai ter um aumento da alíquota, mas o crescimento pode compensar isso de forma indireta”, diz.
Sair do MEI também abre novas possibilidades:
- Contratar mais funcionários;
- Atuar em atividades antes não permitidas;
- Separar o patrimônio pessoal do empresarial.
O que muda na prática ao deixar de ser MEI?
A mudança de categoria traz novas obrigações tributárias e contábeis, como:
- Emissão de DARFs (guias federais de tributos);
- Entrega de declarações mensais e anuais;
- Contratação obrigatória de contador em muitos casos.
Sem orientação adequada, o empreendedor pode gerar dívidas involuntárias e problemas com a Receita Federal.
Como se preparar para a transição do MEI?
O primeiro passo é se antecipar. Acompanhe de perto o faturamento e o lucro da empresa. Ajuste preços, reduza custos e avalie sua margem. Para Nayara, sair do MEI não precisa ser um problema. “Quando a empresa está estruturada, mudar de MEI para outro porte se torna apenas um novo capítulo da história”, afirma.
Dicas práticas para uma transição segura:
- Faça um bom planejamento tributário;
- Busque orientação com contadores ou advogados especializados;
- Invista em capacitação em áreas como gestão e vendas;
- Avalie se Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real é o melhor regime.
Atualização da lei pode facilitar o crescimento
Renan Silva defende que o governo deveria ampliar o limite de faturamento e flexibilizar contratações no MEI. Essa mudança, segundo ele, poderia estimular o crescimento sustentável de pequenos negócios e tornar a transição menos brusca.
Saber quando e como sair do MEI é fundamental para garantir que o crescimento do seu negócio aconteça com segurança e sem surpresas desagradáveis. Com planejamento, orientação profissional e visão estratégica, a transição de MEI para ME ou EPP pode ser uma virada positiva na trajetória do empreendedor.
Fonte: Assessoria de Comunicação/CDL Goiânia, com informações do portal Diário do Comércio