Fraudes no comércio: não seja mais uma vítima

Informações da PSafe apontam que, por hora, existem mais de mil tentativas de golpes digitais no Brasil

 

Seja por uma ligação, mensagem instantânea ou e-mail, a sofisticação dos golpes via meios eletrônicos vêm surpreendendo autoridades e comerciantes. Esse último grupo, em especial, percebe na prática como agem as pessoas de má índole. A explicação é que no ambiente dos negócios existe um terreno fértil para inúmeras formas de fraudes.

Dados da empresa de cibersegurança PSafe mostram a dura realidade do brasileiro nesse sentido. Somente entre janeiro e julho deste ano mais de mil tentativas de golpes foram observados a cada hora. Em julho de 2022 houve crescimento de 600% na comparação com o mesmo período de 2021. Especialistas da PSafe confirmam que entre as fraudes mais frequentes estão as que envolvem boletos falsos, PIX, clonagem de cartão de crédito e atualizações de cadastros.

O coordenador jurídico da CDL Goiânia, Felipe Teles, reforça que as empresas precisam oferecer treinamentos aos colaboradores sobre os principais golpes e buscar apoio de sistemas voltados à eliminação de malwares. “Todos devem desconfiar das propostas irrecusáveis ou qualquer pedido de preenchimento de dados para ganho de prêmios, afinal, uma em cada quatro violações e invasões de dados são causadas por descuido das pessoas que utilizam os sistemas. O cuidado ao clicar em links ou abrir arquivos deve ser redobrado”.

Teles ainda acrescenta que o consumidor deve ficar atento na hora de pagar as contas. “Vale lembrar que, ainda que seja feito o pagamento, caso ocorra alguma fraude e o valor seja recebido pelo estelionatário, ainda haverá dívida junto ao verdadeiro fornecedor. Por isso, verifique atentamente as informações, especialmente para grandes quantias. No direito há  um ditado que diz: ‘quem paga mal, paga duas vezes’. Então, cuidado”.

Veja outras dicas do coordenador jurídico da CDL Goiânia:

  • “Alô, quem fala?”

Em primeiro lugar, tenha certeza de que você está falando com o verdadeiro credor / fornecedor, seja para regularizar um débito em atraso ou para fazer uma nova compra. Verifique se o número do telefone é o mesmo que consta no site ou na fachada da empresa. Em caso de dúvida, ligue para o número oficial da empresa e confirme.

  • PIXcou, perdeu…

Ao pagar com o PIX ou Boleto Bancário, confira se os números do campo digitável do boleto correspondem aos números constantes no documento, como: número do banco, agência, conta, número do documento e valor.

Na transação com PIX, confira o nome do beneficiário antes de concluir o pagamento e lembre-se de colocar como observação o motivo da transferência para facilitar a comprovação futura.

“É pegar ou largar!”

Caso você tenha dívidas em aberto com alguma empresa e receba algum contato para a negociação, confira se o atendente possui todos os dados, como valor original, valor atualizado, datas, etc. e verifique se realmente se trata da empresa com quem você está inadimplente. Em caso de dúvida, anote o contato e protocolo, desligue, e tente retornar diretamente para a empresa.

Desconfie em caso de ofertas mirabolantes do tipo “pegar ou largar” que pressionam o consumidor a aceitar a proposta e pagar o débito na hora, durante o atendimento.

Fonte: Ascom e Jurídico CDL Goiânia.

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