Conteúdo foi divulgado nesta quarta-feira (07) na editoria de Opinião
Foi disponibilizado na edição desta quarta-feira (07), do jornal O Popular, o artigo de opinião intitulado “Carga tributária elevada”, assinado pelo presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira. O material faz parte de uma série de ações da entidade que buscam conscientizar o poder público e a sociedade sobre os injustos e excessivos impostos cobrados das empresas e consumidores. Para se ter uma ideia, somente nos cinco primeiros meses de 2023, o goiano já pagou mais de R$ 24 bilhões em tributos. Na capital, a cifra ultrapassa os R$ 760 milhões. Aparecida de Goiânia já destinou aos cofres públicos R$ 164 milhões , Anápolis, R$ 135 milhões e Trindade R$ 26 milhões. Os dados são do painel do Impostômetro.
Veja a íntegra do material publicado:
Carga tributária elevada
As altas cargas tributárias estão segurando o desenvolvimento do Brasil. Sem uma atualização rápida e equilibrada da legislação, não há para onde correr: as empresas vão parar de investir, a renda das famílias vai cair e o consumo, diminuir. Basta acompanhar o noticiário para perceber o que o atual cenário econômico prenuncia. Gigantes do varejo começam a ruir, causando um efeito em cadeia em empresas de médio e pequeno porte.
A modernidade da internet, das transações eletrônicas e do dinheiro digital parece ser ignorada pelos legisladores. Quem vive dos negócios, da necessidade de ter capital de giro todo dia para pagar fornecedores e custos operacionais sabe o peso dessa legislação tributária. Escrita na década de 1960, ela está defasada e desproporcional, impondo às empresas cargas tributárias totalmente incompatíveis com uma economia de um país do tamanho do Brasil.
Empreender no Brasil tem sido um desafio hercúleo. Numa era em que o tempo é valioso, as horas perdidas nas empresas diariamente com a preparação de guias de recolhimento de tributos custam caro. São 1.958 horas anuais empregadas nessa finalidade. Considerando empresas com expediente diário de 10 horas, isso equivale a 196 dias inteiros de trabalho com a papelada da tributação. Isso atrasa muito o crescimento das empresas e do país.
Além do peso das cargas tributárias, as empresas sentem hoje os impactos das altas taxas de juros. É um cenário nada otimista. Com a Selic de 13,75%, o crédito fica mais caro, a inadimplência mais alta e o acesso a linhas de crédito, mais restrito. Num movimento em cascata, a demanda das empresas, sobretudo do comércio varejista, diminui, desacelerando o consumo. Resultado disso é que os bancos deixam de acreditar na capacidade de pagamento das empresas, reprovando os pedidos de financiamento. Assim, os empresários são obrigados a adiar novos investimentos.
A reforma tributária nunca foi tão necessária como hoje, e, paradoxalmente, jamais esteve tão perto de ser concretizada. Portanto, é essa a hora de atualizar a legislação e dar ao setor produtivo condições de crescer e continuar gerando emprego e renda. O futuro da economia está nas mãos dos legisladores, e os goianos e demais brasileiros seguem de olho no Congresso.
Geovar Pereira
Presidente da CDL Goiânia
Fonte: Assessoria de comunicação/CDL Goiânia
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