Inadimplência em Goiás cai 0,52% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado

24 de setembro de 2019

O número de inadimplentes de Goiás caiu ‐0,52% em agosto de 2019, em relação a agosto de 2018. Já na passagem de julho para agosto, o número de devedores do Estado cresceu 0,07%. Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 0,29%. No Brasil, segundo dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em agosto houve um avanço de 2% na quantidade de inadimplentes ante o mesmo mês do ano passado.

Em agosto de 2019, o número de dívidas em atraso de moradores de Goiás caiu ‐5,09%, em relação a agosto de 2018. O dado ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (‐3,64%) e abaixo da média nacional (‐0,83%). Na passagem de julho para agosto, o número de dívidas de Goiás caiu ‐0,28%. Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de ‐0,05%.

Em agosto de 2019, cada consumidor inadimplente em Goiás tinha em média 1,972 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Centro‐Oeste (1,913 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (1,870 dívidas para cada pessoa inadimplente).

Cenário econômico
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário econômico não tem favorecido a redução da inadimplência, muito embora o crescimento do número de pessoas com contas em atraso aconteça de forma moderada. “Há uma frustração quanto à retomada da economia e os reflexos positivos na vida do consumidor. Com o desemprego elevado e o achatamento da renda, a capacidade de pagamento das famílias ainda não voltou a pleno vapor. A expectativa é de que a inadimplência comece a recuar a partir de 2020”, analisa.

Contas
Conforme os dados nacionais, somando todas as pendências, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.277,74. Pouco mais da metade (53,0%) tem dívidas de até R$ 1.000 e 47,0% acima desse valor. Já descontando os efeitos da inflação, os valores observados agora são menores do que se observava no início da série histórica, em 2010. Nesse intervalo, houve forte enxugamento do crédito.

De acordo com o indicador do SPC Brasil, apesar da queda no total de dívidas, houve avanço em alguns setores. Considerando as contas de serviços básicos, como água e luz, foi registrado um avanço expressivo de 17,6% no volume de atrasos na comparação com agosto de 2018. O segmento de bancos também apresentou alta de 2,8%, enquanto comunicação e comércio, por sua vez, tiveram quedas de 19,5% e 4,7%, respectivamente.

“O consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas com juros mais elevados, como cartão de crédito ou cheque especial. Atrasar contas de serviços básicos, como água e luz, pode traz problemas de corte do fornecimento, embora os juros sejam baixos. O ideal é organizar o orçamento para evitar o ‘rodízio’ de contas, em que se escolhe a cada mês qual será paga em detrimento de outra”, orienta a economista-chefa do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

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