Difal e alta do ICMS assustam empresários

28 de fevereiro de 2024
Empreendedores temem prejuízos e não descartam demissões

A alta carga tributária brasileira tem sido um desafio constante para as empresas do país, com impactos diretos sobre a competitividade e a capacidade de crescimento. Segundo dados da Receita Federal, o Brasil está entre os países com maior peso arrecadatório dos impostos sobre o consumo. Em Goiás, por exemplo, a manutenção do Difal, o diferencial de alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o aumento do próprio ICMS, previsto para subir de 17% para 19% em abril, estão trazendo temor para quem está na linha de frente do varejo. 

Michelle Rodrigues, proprietária da Maria Panela, Utilidades e Presentes (@mariapanelaloja), confessa que esse acréscimo nos tributos fará com que as operações do negócio se tornem desafiadoras. “Antes eu já observava bem qualquer custo extra. Agora, terei que fazer outras mudanças para evitar prejuízos. Espero não ter que demitir. Vai ficar bem apertado para os empreendedores aqui do estado que são optantes do Simples Nacional”, explica. 

Consequências 

Para a advogada tributarista e consultora jurídica da CDL Goiânia, Bruna Macedo, as investidas  recentes contra o caixa das empresas goianas têm repercussões que vão além do simples cálculo matemático. “Não se trata apenas de contabilizar o aumento e repassar ao consumidor. Nós estamos falando do impacto sobre uma cadeia que pode resultar em demissões, desaquecimento do comércio e até em perda de arrecadação por parte do ente público.”

A advogada enfatiza que o fechamento  de muitas empresas será inevitável. “Sabemos que a intenção de manter o Difal é incentivar a compra de produtos fabricados em Goiás, mas nem todos os itens necessários para o varejo são feitos aqui. Isso acaba injustiçando e onerando muitas empresas”, finaliza. 

Fonte: Assessoria de comunicação/ CDL Goiânia

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