Levantamento realizado em parceria com a Offer Wise Pesquisas mostra que 77% dos consumidores pretendem ir às compras; sites e shoppings estão entre os principais locais de compra.
Considerada pelos varejistas como a principal data comemorativa do primeiro, o Dia das Mães deve aquecer as vendas pelos próximos dias. Levantamento divulgado pela CDL Goiânia feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, em parceria com a Offer Wise Pesquisas, revela que 77% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período — o dado fica bastante próximo dos 78% observados em 2019, antes da pandemia da COVID-19.
Em números absolutos, a expectativa é de que aproximadamente 122,9 milhões de brasileiros presenteiem alguém este ano, o que deve movimentar uma cifra próxima de R$ 24,3 bilhões nos segmentos do comércio e serviços.
Embora o percentual de consumidores que devem ir às compras seja maior do que o do ano passado (68%), a maior parte dos compradores está receosa em aumentar gastos este ano, sobretudo diante do cenário de pandemia e de crise econômica. Cerca de 34% dos consumidores esperam gastar menos do que no último ano, enquanto 30% planejam gastar o mesmo valor. Entre os que pretendem gastar menos, 40% citaram o cenário econômico pior que no último ano, 37% disseram que estão com o orçamento apertado e 28% mencionaram as incertezas quanto ao cenário econômico e finanças pessoais. A pesquisa mostra ainda que 98% daqueles que pretendem gastar menos foram influenciados pela pandemia da COVID-19.
Por outro lado, considerando os que vão gastar mais (24%), 53% disseram que querem dar presentes mais caros, 50% irão comprar um presente melhor e 32% têm intenção de compensar a situação de isolamento social da pandemia.
Roupas, calçados e acessórios devem ser os líderes de venda neste ano; consumidor vai desembolsar R$ 197 com presentes
A pesquisa ainda revela que no Dia das Mães deste ano, os produtos campeões de venda devem ser as roupas, calçados e acessórios (49%), perfumes (42%), cosméticos (28%) e chocolates (21%). O ranking ainda é formado por flores (18%), maquiagem (14%), utensílios de cozinha (12%) e celular/smartphone (11%).
Em média, cada cliente deve adquirir dois presentes e apenas 28% dos entrevistados que vão presentear a própria mãe vão consultar para descobrir o que ela deseja ganhar. 27% dos entrevistados devem gastar entre R$ 51 a R$ 100 com os presentes. Já considerando a média total de gastos, o brasileiro deve desembolsar R$ 197,46.
As lojas físicas aparecem como o principal local de compras dos brasileiros, 69% dos entrevistados afirmaram que pretendem comprar a maioria dos presentes fisicamente sobretudo nos shopping centers (26%) e em lojas de rua (20%).
A internet aparece como local de compra de 57% dos consumidores, principalmente nos sites e lojas virtuais (38%). Para os entrevistados, os fatores que mais pesam na escolha do local de compra são a atratividade do preço (45%), as promoções (36%), a qualidade dos produtos (35%) e frete grátis (29%). De acordo com o levantamento, os entrevistados têm a intenção de presentear não apenas as próprias mães (79%), como também as esposas (18%) e sogras (18%).
81% pretendem fazer pesquisa de preço antes de comprar; 76% consideram que os preços dos produtos estão mais caros em 2021
Perguntados se pretendem fazer pesquisa de preço antes de irem às compras, a maioria dos entrevistados (81%) afirma que sim, principalmente (81%) pela internet, seja em sites/aplicativos (70%) ou nas redes sociais (43%). Já 65% fazem pesquisa sem o uso da internet, principalmente nos shoppings (40%), em lojas de rua (31%) e através de panfletos de lojas (16%). Os sites e aplicativos mais utilizados para pesquisar preço são os de lojas varejistas (78%), os buscadores (63%) e os de comparação de preços (47%).
De acordo com a pesquisa, 76% dos consumidores consideram que os preços dos produtos estão mais caros este ano na comparação com o ano passado, 19% acreditam que estão na mesma faixa de preço e 5% que estão mais baratos.
Outra constatação do estudo é que a maioria dos consumidores pretende não se endividar no Dia das Mães, dando preferência para o pagamento à vista (72%), sendo que em 40% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 28%, no cartão de débito. O pagamento a prazo será escolha de mais da metade (52%) dos entrevistados, sobretudo no cartão de crédito parcelado (28%) ou em parcela única também do cartão de crédito (22%). Entre os que dividirão as compras, a média será de quatro parcelas, isso significa que o consumidor só se verá livre desse compromisso em meados de setembro.
Sobre os cuidados com o orçamento, a pesquisa ainda sinaliza que muitos dos consumidores já extrapolaram o limite de endividamento: 30% dos que pretendem presentear no Dia das Mães estão com contas em atraso e, destes, 64% estão com o nome sujo atualmente.
Outro comportamento imprudente é que 33% das pessoas ouvidas admitem ter o costume de gastar mais do que podem para agradar as mães com presentes na data e 13% reconhecem que podem deixar de honrar algum compromisso financeiro para ir as compras neste Dia das Mães.
Maioria pretende comemorar a data na casa da mãe
Apesar dos alertas para que a população evite eventos sociais e aglomerações, o local da comemoração da data deverá seguir a tradição para a maioria dos brasileiros: 41% dos entrevistados planejam comemorar na casa da mãe, 36% em sua própria casa, e 8% vão comemorar à distância, através de vídeo chamada ou telefone. Considerando aqueles que devem comemorar à distância, 88% citam a pandemia como motivadora.
A pesquisa ainda detectou que 11% dos consumidores devem recorrer a estratégia de dividir o valor das compras com alguma outra pessoa. O rateio será feito, principalmente, entre irmãos (43%), outros familiares (31%) e com o pai (20%). Aliviar o bolso em um momento de dificuldades econômicas é a principal razão para quem vai dividir o pagamento dos presentes com alguém próximo: 28% querem dividir o pagamento devido aos efeitos negativos da pandemia sobre o orçamento, 21% querem dar um presente mais caro, e 13% afirmam que os preços estão muito altos.A maioria dos entrevistados (44%) pretendem comprar o(s) presente(s) na primeira semana de maio, 27% no mês de abril e 16% nas vésperas do Dia das Mães.